Cruzeiro ganha respiro em ações na Fifa e busca soluções à espera de sentenças no 2º semestre.

Fachada sede da Fifa — Foto: Getty Images

Clube terá respiro nos próximos 30 dias, pelo menos, em relação a ordens de pagamento, mas ainda precisa resolver discussões já encerradas e outras próximas do fim.

Fonte: Globoesporters Por Gabriel Duarte — de Belo Horizonte.

O Cruzeiro espera ter um respiro, diante das previsões dos prazos e “status” dos casos, das ações discutidas na Fifa. Até o fim de junho, não são esperadas novas ordens de pagamento. Mas elas são esperadas para o começo do segundo semestre, inclusive da que tirou seis pontos do clube na próxima Série B do Brasileiro. Por isso, o clube mantém a busca por soluções.

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A diretoria cruzeirense, agora comandada por Sérgio Santos Rodrigues, primeiro busca acordos “extra Fifa” com os clubes com os quais a Raposa discute dívidas na entidade maior do futebol mundial. Este é o ponto desejado, porque facilitaria a forma de pagamento, podendo parcelar, e também daria mais tempo para buscar recursos.

Se não for possível, é ir principalmente atrás de recursos para pagar as sentenças previstas e esperadas para o segundo semestre. A que causa mais temor em termos esportivos é a do volante Denilson. O Cruzeiro sofreu a primeira punição em maio, por não ter pago aproximadamente R$ 5 milhões ao Al Wahda (Emirados Árabes), pelo empréstimo do volante, em 2016.

A Fifa ainda não emitiu uma nova ordem de pagamento ao clube, mas é esperada, dentro do que é praticado pela entidade em casos semelhantes, que ela chegue dentro de quatro meses ao clube. Se não realizar o pagamento, o Cruzeiro tem o rebaixamento à Série C como punição prevista.

No caso de Willian, o clube solucionou o primeiro processo, pagando a dívida cobrada de pouco mais de R$ 3,8 milhões. O segundo processo ainda está na Fifa, e o clube aguarda uma sentença da Corte Arbitral do Esporte. O valor está em torno dos R$ 7 milhões e se refere a atrasos em pagamentos da parcela da compra. A sentença também sairá no segundo semestre.

O clube abriu também uma roda de discussão para resolver outros dois casos: as dívidas pelas compras de Arrascaeta e de Caicedo. No caso do uruguaio, a dívida é com o Defensor, e a ação gira em torno de 1,5 milhão de euros atualmente (R$ 9 milhões na cotação atual), juntando multas e encargos. Uma decisão arbitral é aguardada em até quatro meses também. O clube já perdeu em instâncias anteriores.

Arrascaeta; Cruzeiro — Foto: Bruno Haddad

Arrascaeta; Cruzeiro — Foto: Bruno Haddad

No caso de Caicedo, a condenação do clube em pagar 1,8 milhão de dólares (R$ 10 milhões), que saiu no fim do ano passado, ainda cabe recurso por parte do Cruzeiro ao CAS, e o caso ainda deve se prolongar por mais tempo. Mas o clube mineiro já estava buscando acordo para conseguir excluir o caso da Fifa.

O Cruzeiro ainda tem outros processos a resolver na entidade maior do futebol: Tigres, do México (compra de Rafael Sobis), Morelia, do México (compra de Riascos), Instituto, da Argentina (Ramón Ábila – mecanismo de solidariedade), Spartak, da Rússia (empréstimo de Pedro Rocha) e Taubaté (Ricardo Goulart – mecanismo de solidariedade).

Novo processo

Ainda não foi aberto, mas o Cruzeiro acredita que receberá também uma notificação de nova ação: em relação à dívida com o Pyramids, do Egito, pela compra do meia Rodriguinho. São R$ 40 milhões aproximadamente em aberto pela compra do meia, hoje no Bahia.

Cruzeiro já foi notificado extrajudicialmente sobre a dívida, em comunicação do clube egípcio. Mas, até o momento, não há processo na FIfa. Outro caso em que é esperada resolução no tribunal é o da compra de Dodô, da Sampdoria, da Itália.

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