Médicos viram torcedores e dão graça à luta contra o coronavírus no Rio: “Futebol sempre alegra”.

 Médicos viram torcedores e dão graça à luta contra o coronavírus no Rio: “Futebol sempre alegra”.

Os médicos, Ramon Matues e Rafael Sibanto e os fisioterapeutas Ezequiel Pianezzola e Reginaldo Gonçalves no Hospital Rios Dor, no Rio de Janeiro — Foto: Arquivo Pessoal

Com escudos dos clubes colados sobre a paramentação, equipe insere o futebol na rotina difícil de uma UTI e arranca sorrisos de pacientes: “Eles veem que não vamos falar só sobre a doença”

Fonte: Por Tébaro Schmidt — Rio de Janeiro.

No Brasil, país que na terça-feira sofreu seu recorde de mortes (600) pela Covid-19, a batalha contra o vírus ainda se mostra árdua e incessante. É difícil tratar de um assunto que não seja o combate à doença dentro de uma Unidade de Terapia Intensiva, onde a todo momento pacientes entram e saem – às vezes sem vida. Foi pensando numa maneira de amenizar a angústia que uma equipe do Rio de Janeiro experimentou inserir o futebol no tratamento aos doentes e deu graça, mesmo o pouco que seja, à rotina de um hospital.

O Dr. Elias Gouvêa e seus colegas, que tratam de pacientes infectados pelo coronavírus no Rios Dor, hospital de Jacarepaguá, colocaram nesta quarta-feira o escudo dos clubes pelos quais torcem sobre a pesada paramentação de trabalho. Por cima de coletes e macacões, e destacando-se tal qual máscaras e toucas de proteção, estavam os escudos de Flamengo, Fluminense, Vasco, Internacional… e até do Volta Redonda.

Dessa forma, os profissionais da saúde viraram também torcedores.

– A gente tem que encontrar um motivo para alegrar, e o futebol é sempre uma forma para alegrar, sempre alegra- conta o médico Elias Gouvêa.

“O pessoal sempre fica muito triste, com a carga de trabalho redobrada. A rotina de paramentação é pesada, a gente entra no trabalho paramentado e não pode nem beber água, comer. Às vezes fica mais de seis horas assim. Nesse período, a gente atende colegas de trabalho que estão doentes, pacientes graves, dá notícias ruins. E o paciente que está grave não recebe visitas, só uma ligação por dia. Tivemos essa ideia que foi para dar um pouco de descontração no meio do trabalho”, completou.

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